Johnny coloca o cinto de segurança, mas Roger solta, o seu e o dele. Roger liga Placebo no rádio do carro e Johnny aumenta o volume do seu portátil. Roger acende outro cigarro, a 100 km/h no centro da cidade, Johnny se oferece para ajudar a acender, mas Roger não gosta que Johnny sequer toque em cigarros. A parte podre, diz ele, é minha.
Johnny vê os postes passando, muito rápido, muito perto, cheios de possibilidades, e vomita no chão do carro. Roger berra a letra das músicas com lágrimas nos olhos, segundo ele, causadas pela fumaça do cigarro. "Sempre me irritam os olhos". Johnny sabe que é tristeza. A mesma que ele sente. Mas, por algum motivo, Roger não sabe se controlar. Por algum motivo, quem parece mais forte é o mais fraco.
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