Johnny estava atônito. Aquela que prometia ser o amor de sua vida (mais uma pra galeria de amores únicos) estava chegando. O vôo pousaria às 18:00 e, ele imaginava, ela viria apenas com uma mochila, assim, não teria que ficar na esteira, esperando a mala sair do avião.
Roger estava lá fora, fumando, esperando os dois voltarem.
Ela surgiu, com um atraso que deixava Johnny cada vez mais apreensivo. Mas, na verdade, não havia atraso algum. A mochila dela era grande demais e ela teve que despachar, assim, teve que ficar na esteira.
Ao vê-la, Johnny desfaleceu e Roger, que estava ali para ver o que demorava tanto, pegou Johnny num braço e foi receber a moça. Não ouve grandes afetações, felizmente, graças ao desmaio de Johnny, coisa que ninguém notou.
A hora que Johnny acordou, todos já caminhavam em direção ao carro e a única coisa que ele conseguiu fazer foi tirar a etiqueta da companhia aérea que estava na mochila dela, raspando no pescoço.
Ao chegar onde dormiriam, Johnny entregou o livro de Kafka que havia comprado para ela, e ela não se surpreeendeu, não muito, pelo menos. Era uma surpresa esperada. Eles se deitaram na cama e Johnny abraçou-a um pouco. Após um curto período de abraços, Johnny notou que Roger estava por perto e deitou-se de costas para a moça. Ela ficava chamando Roger, mas Johnny tentava abafar ao máximo os sons que ela emitia, a fim de que Roger não ouvisse. De fato, ele não ouviu e, afinal, eles dormiram.
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