A história, conforme ela acontece.
Assim sendo, deve ser lido a partir do texto mais antigo, aqui.


***

017

- Você quer que eu seja sincero?
- Depende. Você quer que eu seja?
- Depende?? Por quê depende?
- Ué. Se for pra ser sincero pra me importunar com os seus problemas, prefiro que seja falso. Mas só pra isso. Qualquer outra coisa, pode ser sincero.
- Não precisava falar.
- Então não era pra ser sincero?
- Não assim.
- Ah. Todo mundo age com falsidade nessa hora. "Posso ser sincero?" e a outra pessoa já pensa "Puta, que saco. Que que ele vai falar dessa vez?" e diz "Claro.". Aqui não. Eu não quero que você me encha.
- Tá. Desculpa.
- Tá desculpado.

Johnny abaixa a cabeça e vai testar a teoria na internet, com alguns conhecidos.

016

- Como posso puxar o assunto de sexo casual?
- So you want a fuck buddy?
- É. Não vou conseguir fazer isso com outra pessoa que não seja uma amiga.
- What about a girlfriend?
- Não estou no clima pra coisas mais sérias.
- So, you're becoming the past?
- É. Mas ela era mulher. Muito mais fácil pra uma mulher entrar nesse assunto.
- I don't think so.
- Como não? Elas são as que detém o poder do sim ou do não.
- That's not completely right. It's just a matter of asking or being asked.
- E os homens, normalmente, não têm sempre a mesma resposta pra essa pergunta?
- Well, this, I don't know. Have you tried this conversation with her?
- Não. Não fica muito na cara?
- Maybe. But, despite being 100% obvious, you can keep this with an aura of a dirty secret. You don't have to tell her it's about her you're talking.
- Hm. Entendi. Mas ainda assim, é complicado.
- No, it's not. You can get a yes or a no. Simple.
- É. E eu posso perder a amizade.
- If you lose her, then she doesn't have a brain worth enough to be our friend.
- Rejeição é uma coisa, mas rejeição por uma tola é cruel.
- Quoting Morrissey now? You'll end up like him.
- Vá se foder Roger.